Por Clênio Sierra de Alcântara
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira [...]
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia, toda hora
Eu apenas queria que você soubesse . Gonzaguinha
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira [...]
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia, toda hora
Eu apenas queria que você soubesse . Gonzaguinha
É um balanço do ano que
caminha para o fim? Não. É o resumo do que ocorreu na vida de um homem nos
últimos doze meses? Também não. E do que se trata, afinal? Trata-se tão somente
do relato de um exercício de desapego.
Há dias, quer dizer, há
meses eu vinha alimentando aquela coisa que é muito própria de corações
solitários que parecem viver numa busca desesperada: eu queria ter alguém por
perto, alguém com quem eu pudesse selar uma espécie de pacto de auxílio mútuo e
de semeadura de pequenos prazeres e - por que não? – de felicidade. Mesmo
considerando que, no meu caso, eu tenho o dobro de chances – pelo menos em tese
– de encontrar minha cara-metade, porque não faço distinção de gênero para me
relacionar afetiva e sexualmente, não tem sido fácil para mim encontrar uma
pessoa ou a pessoa.
Estou começando sinceramente
a pensar que o problema dessa falta de
gente ao meu redor se deve a mim e ao meu temperamento – será? -; e que eu
terei de me conformar em ser sócio decano do Clube dos Corações Partidos. Se
eu acreditasse em superstições e em destino bateria agora na madeira três vezes
e diria: “Isola!”, como faz alguém que eu conheço. Algumas dizem que eu sou
cafajeste demais. Outros falam que eu só penso em sexo. Algumas argumentam que
eu demonstro não querer relacionamentos sérios e firmes. Outros afirmam que eu
não presto. Poxa, gente, não é bem assim. Está certo que eu nunca disse que
prestava; mas também é bom que se diga que eu não enganei ninguém. Se houve
ocasiões em que não revelei para ela que eu também saía com ele, e nem a ele que
era com ela que eu às vezes transava, foi porque julguei desnecessário, uma vez
que – tudo bem, eu sei que nem todos têm a mente aberta como a minha – o que
realmente importa é dividir com a pessoa que está em meus braços o prazer
intenso que certos encontros nos proporcionam.
E, se depois do encontro, os nossos corpos quiserem algo mais de nós
além do sexo, por que não encarar isso com seriedade? Por que não propor um
caminhar juntos?
Não tolero rédeas. Não tenho
paciência com quem reprime seus desejos e fica professando falsos pudores e posando de arauto da moralidade. Não
suporto quem vive se enredando numa teia de mentiras pensando que agindo dessa
maneira ficará livre dos males do mundo. Não compactuo mais com os fracos, com
os indecisos e com os que se deixam oprimir e se tornar cativos. Não prescrevo
e muito menos sigo receitas de como viver bem na linha do bom-mocismo e do
politicamente correto. Não aceito mais a companhia de quem ao invés de me
encorajar, amedronta e na hora de fortalecer, me enfraquece. E, em virtude de
tudo isso, não procuro me esconder e muito menos enganar quem quer que seja.
Por que enrolar? Por que ficar agindo com dissimulação com todos, em geral, e
com a companheira(o), em particular? Por que não chegar logo com o papo reto:
eu sou assim, assim e assim; e aí? quer tentar? vai encarar ou não? E pronto.
Ocorre que o mais comum é encontrarmos pessoas que não conseguem ser sinceras nem consigo mesmas.
Foi com alguém assim que eu
vinha tentando me relacionar bem recentemente. Quebrei a cara de novo. Não
reclamo e nem desisto, porque isso é do jogo; o que me marca tremendamente é o
aborrecimento decorrente da enganação, da trapaça, da mentira, da enrolação, do
arrivismo e do “não estou nem aí para você”. Bem, passou, passou e a minha
cabeça já está preparada para outra. Quando o tempo é de murici, alguém já
disse, cada um cuida de si.
Hoje eu quis fazer uso desta
tribuna para me despedir – e me desapegar e me desfazer – de uma porção de trastes
que se acumularam no meu sótão. Estou me despedindo de todas as pessoas
sacanas, mal-intencionadas, mentirosas e aproveitadoras que cruzaram o meu
caminho nos últimos meses. Estou me despedindo do falso amor e da deslealdade.
Estou me despedindo do mau-caratismo e da falta de zelo. Estou me despedindo,
enfim, de tudo o que possa atrapalhar a minha caminhada. Com o tempo eu aprendi
que algumas coisas e pessoas precisam ser abandonadas e deixadas para trás.
Saudações Amigo de Academia... Encontrar uma Companhia nunca foi tarefa fácil para ninguém, principalmente quando temos que completar e sermos completados em três níveis, pensamento, sentimento e sexual afim de mantermos um relacionamento durável pois, ninguém se desfaz de alguém que se gosta ou se realiza... É notório e evidente que pessoas que visam apenas o sexo trocam de parceiros muito facilmente e amiúde, e diga-se de passagem, com muita frustração ao contrário dos relacionamentos duradouros que além das aparentes satisfação são mais tranquilos, isso nortea-nos a uma dica, a busca pelo coração ou norteado pelo mesmo. Regras de boas condutas ao contrário dos aparentes grilhões trazem mais satisfação e realização que as chamadas famigeradas liberdades para ocultar o termo libertinagem. Dentro de cada ser Humano existem duas forças, depende de você escolher a quem seguir, bom é tudo que esta em seu lugar e em equilíbrio, mau é tudo o que estar em desequilíbrio ou fora de lugar, em todo caso existe um milenar ditado, ouça o seu coração, apesar de ser um órgão motor é nele onde sentem-se emoções inequívocas não confundindo com medo ou paixão... O Amor é tranquilo e sereno por isso duradouro, mas ninguém suporta uma duradoura paixão pela sua própria natureza talvez até violenta...
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