É bastante sintomático o fato de que hoje, exatamente hoje, no dia em que eu inauguro, digamos assim, esse espaço, onde publicarei minhas razões e desrazões, eu tenha lido num livro do Henrique Souza Filho, o Henfil - Diário de um cucaracha -, essa frase espantosa:"Liberdade é uma doença". É uma doença que todos e cada um de nós deveria sempre querer contrair. E não apenas contraí-la; mas também disseminá-la com o mais profundo ardor.
Estou aqui agora e isso diz muito de uma ideia de liberdade que eu havia muito buscava.
Estou aqui agora e isso diz muito de uma ideia de liberdade que eu havia muito buscava.
Não me considerem um provinciano pelo fato de eu adorar a minha Província, o Recife, a capital de minha formação intelectual,o universo deitado n'água com suas pontes que me levaram para tantos outros lugares. E muito mais do que isso: também a terra onde brotou com um ímpeto desmesurado esse anseio de liberdade. E essa vontade quase louca de me fazer ser lido e ouvido.Esse anseio de dizer que eu sou isso e que não renego minhas raízes porque eu sou daqui e de todo lugar. "A minha alma é de bandido tímido", como a do Lima Barreto. E "eu procedo da substância de todas as substâncias", como o Augusto dos Anjos.
Saudações, amigos, porque hoje é o meu dia de liberdade.
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