23 de março de 2012

Os muitos caminhos de Raul Lody

Por Clênio Sierra de Alcântara

Não vou que não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou

Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor.
                                          Canto de Ossanha. Baden Powell/Vinicius de Moraes


Fotos: Ernani Neves
Sorriso largo: Lody era pura satisfação

Antropólogo, museólogo, roteirista, desenhista e ilustrador são algumas das várias facetas do fluminense Raul Lody que, recifencizado bem ao gosto freyriano, fincou morada na capital pernambucana há muitos anos.


A Arteplural Galeria ficou repleta de amigos e leitores do antropólogo recifencizado Raul Lody


Lody e Antônio Pereira





Lody e Josenildo Ferreira


Nilson Santos e um amigo




Eu e Talita Silva, que adora ser fotografada




Jorge Sabino e uma amiga


Hora de pegar um autógrafo


Intelectual irrequieto, pesquisador incansável e escritor prolífico, Lody acaba de lançar Caminhos do açúcar - Ecologia, gastronomia, moda, religiosidade e roteiros turísticos a partir de Gilberto Freyre. O evento de lançamento ocorreu na noite da última terça-feira, na Arteplural Galeria (Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife), concomitantemente com a apresentação do documentário etno-fotográfico Saguate (dádiva), uma trajetória do açúcar entre o Mediterrâneo, a Península Ibérica e Pernambuco, reunindo umas muito belas  fotografias de Jorge Sabino.

Lody tem bastante intimidade com a obra freyriana. Além de ter gozado da amizade do grande sociólogo pernambucano, ele vem há anos pondo em destaque, aqui e ali, aspectos da vasta produção gilbertiana de modo a divulgá-la - principalmente - para um público que não tem familiaridade, que desconhece a pessoa e a obra de Gilberto. Esse Caminhos do açúcar, como bem esclarece o seu subtítulo, perpassa vários temas que foram de alguma maneira  abordados pelo autor de Sobrados e mucambos.

Devo a Edson Nery da Fonseca a oportunidade de ter conhecido Raul Lody. E Lody me concedeu a honra - e que honra! - de figurar na galeria de prefaciadores de seus livros; galeria essa que conta, entre outros, com pesos pesados como o próprio Gilberto Freyre, Clarival do Prado Valladares e Roberto DaMatta. Prefaciar esse Caminhos do açúcar fez com que eu me ligasse um pouco mais ao legado gilbertiano, que tem sido a matéria principal das minhas inquietações intelectuais nesses últimos anos. Caminhos do açúcar, como vai dito no prefácio, é um livro-celebração. Raul Lody não só compartilha das ideias e pensamentos de Gilberto Freyre; ele também celebra a pessoa desse homem com quem teve o privilégio de conviver frequentando a Vivenda de Santo Antônio de Apipucos, o refúgio-morada do ilustre sociólogo.


Tonis Andres: namastê!






O evento de lançamento do livro no Recife foi bastante concorrido. O público que compareceu à Arteplural Galeria encontrou um Lody radiante. E não era para menos; afinal de contas, não se tratava, tão-somente, do lançamento de uma obra que tem Gilberto Freyre como matéria principal. Tratava-se, fundamentalmente, creio eu, da celebração de um encontro ocorrido décadas atrás entre Lody e Gilberto.


Eu entre Cláudio Cruz (à direita) e um seu amigo




Talita e seu esposo




Abracei Raul Lody levando no meu corpo um abraço que o Edson Nery da Fonseca lhe mandou por mim.



Gilberto Freyre Neto também prestigiou o evento










Foi com grata satisfação que recebemos nossos amigos - amigos em comum e também os de cada um - para celebrarem junto conosco. Que bom ver que ali estavam o Nilson Santos,  a Talita Raquel, o Josenildo Ferreira, o Tonis Andres, o meu mestre Antônio Alves, o Cláudio Cruz, o Antônio Pereira, o Gilberto Freyre Neto, o Gustavo Albuquerque e tantos outros.













Caminhos do açúcar. Eis aí uma trilha muito gostosa - e reveladora - para ser percorrida.

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