28 de fevereiro de 2013

Feiras livres (5)

Por Clênio Sierra de Alcântara




Centro (Sapé – PB). Ao deixar o Hotel Central, na manhã do sábado 13 de outubro passado, a fim de ir conhecer a feira livre dessa cidade paraibana, não imaginava que fosse encontrar um comércio popular tão aceso, tão fervilhante.




A feira livre de Sapé, cidade localizada a cerca de 65 km de João Pessoa, ocupa dois grandes pátios que são “divididos” por um mercado público e por outros estabelecimentos. Inserida numa área comercial bastante dinâmica, ela é rodeada por lojas, supermercados, frigoríficos, etc. E, para além dos pátios, ela se estende por algumas das ruas adjacentes – como a Travessa Tiradentes -, espalhando-se como se se derramasse por elas. Boa parte dos bancos dos feirantes é feita de madeira; mas também existem ali bancos erguidos em alvenaria.











A exemplo da maioria das feiras nordestinas, nesta de Sapé se encontra de tudo um pouco: roupas, utensílios domésticos, frutas, legumes, verduras, doces, bolos, carnes, animais vivos, temperos, calçados, bijuterias... Uma profusão de coisas que certamente atende as necessidades de todos que a procuram.







Fazia tempo que eu não entrava num mercado público tão movimentado. O prédio que o abriga está precisando passar por um processo de revitalização, é verdade. O que não está faltando ali, de modo algum, é o bulício, é o vai e vem de pessoas conversando, comprando e circulando num ritmo frenético. Atravessei esse mercado sentindo os aromas e enchendo os olhos com a diversidade de produtos nele expostos.





Na Travessa Augusto Vieira se concentra o pessoal da “feira do troca” - ou do “troca-troca” - com sua enorme variedade de objetos de segunda mão, que também possuem seus consumidores cativos.








Apesar de atrair um público considerável, a feira livre de Sapé já começa a amornar pouco antes do meio-dia. Para mim foi um espanto danado, acostumado que sou com os horários prolongados das feiras principais de Abreu e Lima e de Igaraçu (PE), que vão até a tardinha.







Enorme e muito frequentada a feira livre de Sapé atende também as populações de cidades vizinhas. Sua dimensão e seu dinamismo atestam bem o poder agregador que esse tipo de comércio possui nas comunidades; e reafirmam meu entendimento de que feiras livres são um dos elementos mais indicados para se verificar não apenas os produtos que certas comunidades consomem: elas servem ainda para que conheçamos em grande parte a natureza vivencial de um povo.

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