18 de maio de 2019

Sobre insatisfação, desrespeito e incompetência

Por Clênio Sierra de Alcântara


Cópia do formulário que eu preenchi quando estive na Livraria Jaqueira no dia 12 de setembro de 2014 para deixar exemplares dos meus livros em consignação: e ainda há quem diga que, aqui em Pernambuco, os autores locais são valorizados por certas livrarias



Certos comportamentos me tiram realmente do sério; dentre eles o desrespeito e a incompetência. Fui vítima novamente do desrespeito e da incompetência e de algo mais ao deixar em consignação exemplares de dois dos meus livros na Livraria Jaqueira, localizada no bairro da Jaqueira, no Recife. Ontem eu estive mais uma vez lá a fim de resgatar os meus livros e fui informado que terei de aguardar alguns dias até que eles sejam localizados no depósito onde foram postos. Hoje eu escrevi e enviei para o senhor Matheus Ferreira, responsável pela área de consignações daquela livraria, um e-mail no qual eu expus o que se passou desde aquele fatídico dia de setembro.

Reitero aqui no post desta semana a minha reprovação quanto a atitudes de empresas que não conseguem desempenhar a contento o papel que lhes cabe no trato para com os seus clientes e fornecedores. A Livraria Jaqueira agiu de modo no mínimo desrespeitoso para comigo. Eis aqui o e-mail. E quem o ler compreenderá a matéria mesma da minha indignação e reprovação diante de tudo por que eu passei.



Boa tarde, Matheus Ferreira, tudo bem?

A razão deste texto é para expressar sentimentos que ontem, apesar da fúria que me tomou, eu consegui guardar para expô-los aqui em minúcias.

Cara, estive com você ontem à tarde para resgatar os exemplares de meus dois livros que foram deixados por mim na Livraria Jaqueira em 12 de setembro de 2014 - a mulher que me atendeu, naquela ocasião, nem sabia em que ano estava, por isso registrou 2013  no formulário da consignação , como você viu ontem -: A Cidade e a História e Maldita a hora em que estiveste aqui. Pois bem, como eu lhe disse ontem, estive aí também no dia 8 de abril; a atendente me falou que "o responsável" pelas consignações estava ocupado e não poderia me atender naquela ocasião; então anotou minha demanda, meu nome e número de telefone e me disse que entrariam em contato comigo. Além disso, me deu um cartão com o número de telefone da livraria que é o mesmo para contato via WhatsApp. 

Como se passaram os dias e não houve contato algum, despachei mensagem pelo WhatsApp no dia 20 de abril e também no dia 14 de maio. E nada. Ou seja, a livraria divulga um canal de relação com o cliente e não o atende, de modo que não deu a mínima para mim.

Prosseguindo. Ontem você me disse que, por conta de uma reforma havida na livraria, os exemplares dos meus livros foram levados para um depósito. Ao ouvir isso de você eu compreendi perfeitamente o grau, o nível de despreparo, de incompetência e de desrespeito para com os clientes e fornecedores que a Livraria Jaqueira destinou a mim. Ontem eu entendi por que razão alguns amigos meus que estiveram aí à procura dos meus livros tempos atrás nunca os encontraram. E por que em Matheus Ferreira? Porque além de ter tirado os meus livros das estantes a livraria também considerou apagar meu nome do sistema de busca, daí por que, quando as pessoas procuravam o meu nome, não o encontravam. Simples assim. Eu lhe pergunto: em que momento você ou quem quer que seja responsável por isso iriam me avisar que eu deveria ir aí buscar os meus livros? Creio que nunca, não é? Porque se eu não tivesse ido  aí tudo iria permanecer como há anos estava: livros num depósito e meu nome fora do sistema de busca da livraria. Que desrespeitoso isso, meu caro! Que frustrante! E eu crente de que essa livraria merecia a minha a confiança e seria um espaço adequado para eu deixar as minhas obras. 

Em vista de tudo isso, eu me certifiquei também o quão incompetente a equipe dessa Livraria Jaqueira foi para comigo. Fiquei a pensar: "Nossa, esse pessoal trabalha numa pequena livraria e age assim, imagine se fosse um negócio grande". 

Matheus Ferreira, em 2014 eu fiz o lançamento dos meus livros na Livraria Cultura. Meses depois funcionários competentes, respeitosos e ágeis dessa renomada livraria me contataram dizendo para eu ir recolher os livros, porque eles precisavam de espaço para fazer a rotatividade das  obras que diariamente chegam às unidades das lojas. E assim foi. E passados quase cinco anos desde o lançamento, Matheus Ferreira, o meu nome e os títulos dos meus livros continuam no sistema de busca da Livraria Cultura para o caso de alguém os procurar. Veja que diferença de tratamento em relação ao que essa Livraria Jaqueira me proporcionou.

Estou com um livro pronto para lançá-lo e cogitei, tolo que eu sou, em tentar fazer o lançamento na unidade que vocês pretendem abrir no Paço Alfândega. Mas não vou mais fazer isso. Eu vou pegar os meus livros que estão aí e nunca mais manterei qualquer tipo de relação com essa Livraria Jaqueira.

Grande abraço.

Clênio Sierra de Alcântara

Um comentário:

  1. A falta de respeito é absurda. Por isso, pelo caráter punitivo e pedagógico da lesão obtida, merece apreciação do judiciário de uma ação de danos morais, por extravio de mercadorias ou produtos.

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