Por Clênio Sierra de
Alcântara
De Brasília, a besta-fera
engravatada lançou para o Nordeste a seiva bruta de sua boca amaldiçoada. Dela,
sempre se soube, nunca saiu nem sairá algo que seja diferente daquilo que
produzimos no intestino. Que ele não vale o que o gato enterra isso está mais do
que evidente e só não vê quem, assim como ele, trata o que é sério com desprezo
e desconsideração.
Sem revólver, sem foice, sem
faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça desse filho do cão.
Não votei no filho do demo,
nem pedi ao dito-cujo “rachadinha” e vaga no maldito avião. Não tolero o seu
sadismo, o seu machismo, o seu obscurantismo, o seu antiambientabilismo, a sua
misoginia, a sua homofobia, o seu anti-indigenismo, a sua prepotência e o seu
terrorismo. Não sou de nenhum partido, não marcho para Jesus, não sou conformista e
nem me deixo prender à censura, à incultura, ao autoritarismo, à deseducação e à
esculhambação.
Sem revólver, sem foice, sem
faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça desse filho do cão.
Do Rio de Janeiro a milícia do
tinhoso se alastrou pelo Planalto Central. Exigiu ministérios, cooptou
magistrado, contratou haters e nem
usou disfarces para propagar a sua falsa moral. Quando os frutos são ruins é
porque a semente não presta; e a prole dessa morrinha, um bando de fariseus, é
cagada e cuspida, a imagem da aberração.
Sem revólver, sem foice, sem
faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça desse filho do cão.
Na pregação de ódio desse
demônio, no discurso desse intelectoasno feroz, ele crê que todos nós somos uns
imbecis e da laia do Queiroz. Ele sabe do mal que está a nos fazer porque é
estúpido, mas não demente. A erva daninha que ele espalha não irá contaminar o
nosso chão.
Sem revólver, sem foice, sem
faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça desse filho do cão.
Não aceitamos os insultos desse
maldito satanás e nem compactuamos com as malfeitorias desse bexiguento.
Lutamos contra a fome, a miséria, o preconceito, a alienação e o racismo, porque
contra todo tirano existe um repelente. Mesmo de posse de um canhão, um
quadrúpede como ele não cala uma nação.
Sem revólver, sem foice, sem
faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça desse filho do cão.
O trabalho dignifica o
homem; e a esmola escraviza quem não tem oportunidade de ocupação. Cadê o
emprego? Cadê a segurança? Cadê a saúde? Cadê a educação? Quem só enxerga o
próprio quintal nunca que vai aprender a cuidar da população, porque não tendo
senso de respeito e de bem comum, o diabo só quer mesmo é a nossa destruição.
Sem revólver, sem foice, sem
faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça desse filho do cão.
O raciocínio pedestre, o uso
da fé religiosa como justificativa de ação, a afirmativa seguida de negação, a
verborragia infeliz, os modos próprios de um bufão, a falta de comedimento e a
mania de perseguição constituem a base doutrinária e existencial desse lúcifer palhaço
e bobalhão.
Sem revólver, sem foice, sem
faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça desse filho do cão.
O Nordeste também é Brasil,
assim como São Paulo, Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Sul. E aqui vivem
pessoas honestas e trabalhadoras; homens e mulheres corajosos e valentes.
Bahia, Sergipe, Alagoas Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Paraíba
e Maranhão. Foi aqui onde a pátria nasceu. Foi aqui onde se forjaram os
fundamentos da soberania nacional e da federação. Foi aqui onde mais se lutou
contra os invasores, a tirania, a exploração, o descaso, a submissão e a
usurpação.
E por isso é que aqui se
diz: sem revólver, sem foice, sem faca e sem facão os nordestinos hão de pisar na cabeça
desse filho do cão.
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