14 de dezembro de 2019

Ainda bem que a ciranda - a ciranda - de Lia de Itamaracá não tem fim

Por Clênio Sierra de Alcântara

Foto: Arquivo do Autor
Lia da Itamaracá, a rainha da ciranda, é uma grande cantora, mas não  a vejo como uma crooner e sim como uma poderosa defensora do ritmo que a consagrou, assim como também do coco, que ela também canta desde há muito entusiasmando e encantando os seus fãs


Apesar de ser dona de uma longa carreira – são mais de cinquenta anos de estrada -, Maria Madalena Correia do Nascimento, que todos nós conhecemos como Lia de Itamaracá, possuía até poucas semanas atrás apenas três discos gravados: o lp Lia de Itamaracá – A rainha da ciranda (Rozenblit/Tapecar, 1977); e os cd’s Eu sou Lia (Ciranda Records, 2000, também lançado na França, no mesmo ano, pela Arion, com capa diferente) e Ciranda de ritmos (Petrobras, 2008). Depois, portanto, de um hiato de onze anos, eis que a nobre e famosa cirandeira incorporou à sua trajetória Ciranda sem fim, lançado pela Natura Musical, que veio no formato de cd e lp, além, claro, de ter sido disponibilizado nas grandes plataformas musicais deste nosso tempo, que são os serviços de streaming na internet.

A primeira audição pública de Ciranda sem fim e o seu lançamento ocorreram no último dia 8 de novembro, no pátio da Igreja de São Pedro dos Clérigos, na fronteira entre os bairros de Santo Antônio e de São José, área central do Recife, numa noite muito animada e condizente com um cenário que, sem exagero algum, pode-se dizer que é o palco sagrado da ciranda na capital pernambucana, onde vários mestres e brincantes fizeram - e fazem – celebrações desse brinquedo popular. E contou com a colaboração do Som na Rural, do incansável Roger de Renor.

A expectativa em torno do lançamento de um novo trabalho de Lia de Itamaracá e ainda mais sob a direção e produção musical de Helder Aragão, o DJ Dolores, um dos nomes ligados ao Movimento Mangue Beat, num ano que até agora foi radiante e repleto de acontecimentos dignos dessa verdadeira diva da cultura popular pernambucana que, desde janeiro, vem festejando os seus 75 anos de vida, não era pequena. Os fãs e súditos da “rainha da ciranda” não viam a hora de poder apreciar mais um disco de Lia que vinha para pontuar este momento tão especial da carreira que ela vem atravessando, com lançamentos de livros e inúmeras homenagens. Contudo, para o espanto e a decepção de alguns, Ciranda sem fim é um produto, segundo a minha avaliação, bastante aquém do esperado, tanto pela desarmonia do repertório quanto pela sonoridade em si que, para mim, não ficou adequada ao universo musical da cantora.

Quem acompanha a carreira de Lia de Itamaracá para além da audição de seus discos e comparece aos seus shows, está ligado a ela fundamentalmente por gostar de ouvir e dançar ciranda. Por outro lado, esse público sabe que em suas apresentações Lia acrescenta cocos e maracatus e, vez por outra, e apenas esporadicamente, frevos, bregas e boleros – geralmente estes últimos aparecem no finalzinho mesmo, para esquentar a plateia que adora a bagaceira do tudo junto e misturado. Mas, repito: o público que majoritariamente segue a rainha o faz para cantar e se esbaldar na ciranda.


Saindo do forno



Foto: Divulgação
Não é propriamente um disco ruim esse Ciranda sem fim; é um disco irregular que mistura alho com bugalhos


A capa e o projeto gráfico de Ciranda sem fim, obras de Celso Hartkopf feitas a partir de uma fotografia de José de Holanda, são um primor; assim como as imagens de bastidores captadas por Ytallo Barreto, imagens essas que aparecem apenas no encarte do cd. Mas apesar do apuro estético e visual do projeto gráfico, houve pequenos deslizes no trabalho; a saber: a sequência das músicas que aparece no encarte e na contra capa não é a mesma do disco; não se publicou o nome da autora da versão em português da música “El reloj”; o título da faixa 8 não é o que foi registrado ali; e a grafia correta designando o conjunto percussivo é Grupo Bongar e não Bongá. Já o título do disco é, a meu ver, até certo ponto enganador, porque pode levar o incauto a pensar que se trata de uma obra inteiramente dedicada ao ritmo que consagrou a intérprete Lia de Itamaracá, o que não é verdade. Ah, já ia me esquecendo de avisar aos desavisados: Maria Dulce e Biu Baracho são as mesmas Dulce Baracho e Severina Baracho no encarte, assim como Ganga é a mesma Ganga Barreto, entendido?! Eita, tem mais uma coisa: na "resenha" que escreveu para o encarte do lp, DJ Dolores disse que no disco há uma ciranda inédita que Lia compôs. Não é isso: na verdade, tem uma ciranda que foi composta por seu marido Toinho.


O novo disco faixa a faixa

1-    Falta de silêncio (Alessandra Leão). Foi uma escolha bem acertada essa música como abertura do disco. É uma espécie de louvação à vida praieira de Lia. Talvez a composição ficasse menor se não tivessem inserido ao fundo o som do movimento das ondas do mar; nas apresentações ao vivo ela perde essa singela beleza que a acompanha no álbum; e também faz falta o coro feminino que aparece no registro feito em estúdio.

2-    Meu São Jorge (Inserção musical de domínio público/Ganga Barreto/Severina Baracho). Com toques que evocam pontos de macumba – a percussão do Grupo Bongar junto com Lucas dos Prazeres é uma maravilha -, a faixa pega um embalo gostoso; e põe Lia em ligação com o universo das religiões de matriz africana, afinal, a rainha se apresenta como devota de dupla pertença: é Católica Apostólica Romana e filha de Iemanjá.

3-    Desde menina (Chico César). “Desde menina” é uma das composições mais fracas que eu já ouvi de Chico César. O arranjo deu um bom suingue à composição; mas “Carrego rugas, verrugas/Viva tartarugas em mim” podem, desde já, ser inseridos entre os versos mais feios escritos pelo autor de “À primeira vista”. Em que pese o tom laudatório de “Desde menina”, sou levado a crer que “Dança do papangu”, uma parceria dele com Zeca Baleiro com excertos de “Imbalança”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, que Lia e o seu conjunto vêm há pelo menos dois anos apresentando em seus shows de modo delicioso, para dizer o mínimo, faria muito maior figura no álbum do que ela.

4-    O relógio (Roberto Cantoral). O encarte não informa que o título original é “El reloj” e nem que a versão em português é de autoria de Nely B. Pinto. Adoro essa música, que comecei a ouvir quando eu ainda era uma criança pela voz do cantor Adilson Ramos, que a gravou, em nossa língua, na década de 1960. Não gostei do arranjo com a qual ela aparece em Ciranda sem fim; a mim ela soa aqui num embalo inapropriado, porque retirou da música a sua dramaticidade e o seu pungente vigor; ficou um tanto quanto caricatural a versão que se ouve nesse disco.

5-    Quem sabe? (Carlos Gomes/Bittencourt Sampaio). O Carlos Gomes em questão é ninguém menos do que o famoso e reverenciado autor da ópera “O guarani”, que, por sua vez, foi inspirada pela obra literária homônima de José de Alencar. “Quem sabe?” foi composta em 1859; e, posteriormente, recebeu letra de  Bittencourt Sampaio. No encarte do lp o sergipano Dolores - e tiveram a infeliz ideia de pôr um texto com letra prateada sobre um fundo verde, dificultando a leitura - diz que sua mãe cantava essa música para ele; já Lia confessa: "Essa eu cantava para um namorado de quem eu gostava muito. Faz tanto tempo...". A gravação de Lia, em parceria com Luciene Loyce, me fez pensar que DJ Dolores quis e/ou pretendeu inserir algo de requintando num repertório que, a meu ver, mistura alhos com bugalhos.

6-    Ciranda sem fim para Lia (Lucio Sanfilippo). Quem ouvir o disco certamente haverá de concordar comigo que essa faixa é segura e verdadeiramente o ponto mais alto de todo o álbum; e, não por acaso, porque cantando e tocando com Lia – a intrusa é Luciene Loyce, uma cantora de amplos recursos vocais que teve um importante papel em alguns momentos do processo de gravação de mais de uma faixa do álbum – nessa gostosa e bonita ciranda que Lucio Sanfilippo fez para homenageá-la e a gravou com a participação da cirandeira em seu disco Canções de amor ao Leo, lançado em 2005, estão todos os membros do seu conjunto – Bibiu, Toinho, Biu Negão, Ganga, Tony Boy, Danda e as Baracho Biu e Dulce -, uma gente com quem ela anda há tempos – Danda é o novato, que chegou após o falecimento do saudoso Tom Jaime – e que sabe e conhece todas as nuances e traquejos da rainha. Para mim a audição de “Ciranda sem fim para Lia” supera todo o álbum.

7-    Lua ciranda (Juçara Marçal/Alice Coutinho). O acompanhamento introdutório de um acordeom conferiu a esta faixa um tom solene que logo é, em parte, quebrado pelo som percussivo do Grupo Bongar. Trata-se de outra canção com letra fraca no disco. O encarte não informa que há um coro feminino acompanhando Lia.

8-    Apenas mais um trago (Bom dia meu amor) [Jairo Aguiar/José Cipriano]. O correto é “Apenas um trago (Bom dia, meu amor)”. Esse clássico do repertório do mineiro José Ribeiro ganhou no álbum uma versão bem diferente da que Lia costumava cantar em seus shows. O arranjo conferiu-lhe um ritmo aligeirado que tirou a beleza, o sentimento e a suavidade da gravação original feita por aquele cantor.

9-    Companheiro da solidão (DJ Dolores). É um tema com pegada soturna e tristonha, digna de figurar em qualquer set list de quem gosta de “roer” e de “ficar na fossa” como dizemos por aqui dos que curtem uma dor de cotovelo.

10- Peixe mulher (Iara Renó/Ava Rocha). Composição até certo ponto enfadonha e com letra arrastada e pobrezinha falando do ambiente praieiro, digo, de uma relação pessoal com esse ambiente.

11- Pout pourri (Vem pra cá morena [Toinho], Santa Tereza (Lia de Itamaracá], Despedida [Severino Rodrigues]. Se a ideia era fechar o disco – desculpem o clichê – com chave de ouro reunindo cirandas numa mesma faixa, num pot-pourri – a grafia correta da palavra é essa -, a intenção, a meu ver, desandou. E por quê? A instrumentalização com baixo e tuba em acréscimo à caixa, ao sax, ao trombone e ao trompete – e vale dizer que nesse conjunto só a caixa foi tocada por um membro da banda de Lia – deu um ar engessado, digamos assim, ao acompanhamento. É só voltar e ouvir a faixa 6 para se sentir o embalo aliciante da ciranda tocada por um grupo que realmente entende do riscado; ou então comparar a gravação de “Santa Tereza” de agora com aquela do disco Ciranda de ritmos.

O novo repertório no palco

Oficialmente o primeiro show no qual Lia apresentou o repertório de Ciranda sem fim ocorreu no festival No Ar Coquetel Molotov, havido no Caxangá Golf Club, no Recife, no dia 16 de novembro, ao qual eu não pude comparecer por estar viajando. Contudo, no sábado 30 de novembro, Lia de Itamaracá apresentou para o seu público mais cativo e reverenciador, que são os moradores da Ilha de Itamaracá, o seu novo disco, e eu fui até lá acompanhar e conferir a sua performance.

A apresentação aconteceu no ainda inacabado Centro Cultural Estrela de Lia numa atmosfera de muita agitação que, outra vez, contou com o Som na Rural. O show teve início perto das 22:00 h na esteira de uma correria de sempre da produção da cirandeira que tudo faz para as coisas darem certo; e contou com o apoio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). No meio da plateia a presença mais ilustre foi a de José Mário Austregésilo, que não disfarçava a satisfação de estar ali prestigiando o evento.

No palco, além dos músicos do grupo do DJ Dolores, dois integrantes do conjunto de Lia: Toinho, seu marido, comandando a caixa; e Ganga Barreto botando para quebrar na percussão. Logo na execução da primeira canção, “Falta de silêncio”, ocorreu um certo embaraço de Lia com o acompanhamento, algo que a rápida entrada em cena de Luciene Loyce conseguiu contornar. Apesar desse começo claudicante, a sequência do set list que, diga-se de passagem, foi bem maior do que o do número de faixas do novo álbum, a coisa a mim me pareceu estar engatada, com Lia aparentando já estar familiarizada com o aparato e os sons eletrônicos do DJ. Ledo engano. Ao longo da apresentação vez e outra o negócio desandou evidenciando que os ensaios não foram suficientes para conferir à Lia uma cumplicidade com todos aqueles músicos que a acompanhavam. Momento houve em que certa música principiou e não foi adiante; e, noutra ocasião, Lia, perdida, não fez cerimônia e perguntou qual era a música que o ritmo ditava: “É ‘Santa Tereza’ é?”.

Pertinho do palco eu acompanhei atentamente a apresentação; mesmo assim, não sendo eu um expert no assunto, imagino que ocorreram diversas outras falhas ali que eu não percebi por não ser do métier. Por mais que Lia sorrisse e por vezes brincasse com o público com o seu bordão “Ai, mamãe!”, com uma graça que lhe é muito natural, por outro lado, eu não pude deixar de notar que ainda havia certo descompasso de sua atuação com a dos músicos que estavam ao seu lado. Já a plateia, a bem da verdade, só se empolgou para valer quando cirandas começaram a ser tocadas. E aconteceu um fato bastante curioso e revelador da ligação e da identificação que o público faz de Lia com o ritmo que a consagrou: mesmo quando no palco ainda não se tocava ciranda e sim outros tipos de músicas, havia rodas do brinquedo em evolução. Era como se o povo que estava ali dançasse num transe coletivo. Um espanto que só vendo para crer.

No final da apresentação, Lia se dirigiu à plateia consciente do novo que era para o público vê-la metida com aquele aparato eletrônico todo comandado pelo DJ Dolores: “Eu tô vendo como encaixo minha música nesse negócio eletrônico”, ela disse.


Domingo no Bairro do Recife


Com o fito de apurar mais a minha percepção sobre o trabalho no palco no que diz respeito ao trato do repertório de Ciranda sem fim e à desenvoltura de Lia para com o novo grupo que a acompanhava, no dia seguinte à apresentação havida na Praia de Jaguaribe, eu fui acompanhar outra, agora no palco montado no Boulevard Rio Branco, no Bairro do Recife. Ali o show teve início às 20:00 h.

De duração um pouco mais curta que a do dia anterior, a apresentação do domingo 1º de dezembro, pelo menos aos meus olhos e ouvidos, transcorreu com menos falhas e desencontros. Sou levado a crer que isso se deveu porque tanto DJ Dolores como Luciene Loyce se valeram de um estratagema que aparentemente deu certo: seja no microfone seja ao pé do ouvido eles davam uns toques para Lia, anunciando qual seria a música seguinte. Mesmo assim ficou claro para mim que o negócio ainda precisava de ajustes para ficar no ponto. Alguém da plateia pediu a Lia que cantasse coco; e ela se saiu com esta: “Coco não pega bem com eletrônico”.


Renovação de público?!

Uns e outros têm dito a respeito do álbum Ciranda sem fim que ele é uma proposta de reinvenção de Lia e uma aposta de renovação de seu público. Penso que não é por aí.  E também não acredito que ela voltará a gravar um disco como esse. Para mim e para, não duvido, a maioria das pessoas que desde há muito a acompanham, Lia de Itamaracá é e sempre será sinônimo de ciranda. Ela é nacional e internacionalmente conhecida como cirandeira. E, cá para nós, imaginar que dar nova roupagem a uma carreira longa e consagrada recorrendo, em parte, a um repertório velho e batido acreditando que eletronices com beats, moogs e synths sejam capazes disso, é crer que a pessoa e o talento de Lia possam fazer bonito em toda e qualquer seara musical.

No dia 5 de outubro, Lia fez uma pequena participação no show que DJ Dolores e o seu grupo apresentaram na Praça Arthur Oscar, dentro da programação do evento Rec’n’Play; e mesmo pelo pouco que foi mostrado ali por ela do repertório do disco novo, ficara evidente para mim que a cirandeira iria penar bastante para tentar se ajustar ao acompanhamento eletrônico do DJ e sua trupe, algo que, eu pensei na ocasião, poderia ser sanado com mais alguns ensaios. Semanas depois – e depois de eu ter assistido às apresentações já narradas aqui – aquele momento de desarranjo, de descompasso, digamos assim, me fez refletir sobre o depoimento do DJ Dolores, concedido à repórter Nathália Pereira, a respeito da elaboração do repertório de Ciranda sem fim: “Discutimos, argumentamos. Algumas sugestões minhas não foram acatadas. Eu sugeria algo porque achava que fosse ficar ótimo e ela dizia um ‘não quero cantar isso, por tais e tais motivos’” (Nathália Pereira. “As canções dadas por Lia”. Jornal do Commercio, Recife, 8 de novembro de 2019, JC+, p. 1). Não creio que o processo de feitura de Ciranda sem fim tenha sido de todo confortável para Lia de Itamaracá, a rainha da ciranda, que, pisando em chão em parte desconhecido, não absorveu por inteiro as aspirações almejadas pela produção do disco. Pelo pouco que eu conheço de Lia, eu sei que ela é uma pessoa simples mas não ingênua; por vezes ela capta muito rapidamente certas coisas; daí por que ainda naquela apresentação no Rec’n’Play, ela em dois momentos se dirigiu ao público dizendo “Esse é o outro lado de Lia”, porque, acredito, ela intuiu e/ou teve completa certeza que aquelas pessoas que foram até ali para prestigiá-la deveriam estar, no mínimo, desapontadas e/ou espantadas, porque elas seguiram para lá, não duvido, para ouvir e dançar ciranda e não o que Lia estava cantando. A fala de Lia naquela noite me soou como um mea culpa.


Ai, mamãe!!

O álbum Ciranda sem fim é, em grande medida, uma obra irregular que, a despeito de pretender dar uma chacoalhada na memória fonográfica de Lia – e, por tabela, quem sabe, angariar um novo público para ela -, de alguma forma a desvirtuou. O que para mim fica é uma enorme decepção por ter se perdido a oportunidade de se fazer um estrondoso disco de ciranda para celebrar os 75 anos de vida da cirandeira.

Ninguém fica durante mais de cinquenta anos sob os holofotes à toa. Lia é uma estrela que não tem rival em seu gênero; e a sua ciranda é um desses encantamentos que fazem com que suportemos com passos firmes e muita alegria no rosto, os dissabores da vida. A ideia de mostrar Lia como uma crooner para mim não deu certo. Ainda bem que esse novo álbum é breve e logo termina; e que a ciranda – a ciranda – de Lia de Itamaracá é que realmente não tem fim.

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