Apesar de ser dona de uma
longa carreira – são mais de cinquenta anos de estrada -, Maria Madalena
Correia do Nascimento, que todos nós conhecemos como Lia de Itamaracá, possuía
até poucas semanas atrás apenas três discos gravados: o lp Lia de Itamaracá – A rainha da ciranda (Rozenblit/Tapecar, 1977); e
os cd’s Eu sou Lia (Ciranda Records,
2000, também lançado na França, no mesmo ano, pela Arion, com capa diferente) e
Ciranda de ritmos (Petrobras, 2008).
Depois, portanto, de um hiato de onze anos, eis que a nobre e famosa cirandeira
incorporou à sua trajetória Ciranda sem
fim, lançado pela Natura Musical, que veio no formato de cd e lp, além,
claro, de ter sido disponibilizado nas grandes plataformas musicais deste nosso
tempo, que são os serviços de streaming
na internet.
A primeira audição pública
de Ciranda sem fim e o seu lançamento
ocorreram no último dia 8 de novembro, no pátio da Igreja de São Pedro dos
Clérigos, na fronteira entre os bairros de Santo Antônio e de São José, área
central do Recife, numa noite muito animada e condizente com um cenário que,
sem exagero algum, pode-se dizer que é o palco sagrado da ciranda na capital
pernambucana, onde vários mestres e brincantes fizeram - e fazem – celebrações
desse brinquedo popular. E contou com a colaboração do Som na Rural, do incansável Roger de
Renor.
A expectativa em torno do
lançamento de um novo trabalho de Lia de Itamaracá e ainda mais sob a direção e
produção musical de Helder Aragão, o DJ Dolores, um dos nomes ligados ao
Movimento Mangue Beat, num ano que até agora foi radiante e repleto de
acontecimentos dignos dessa verdadeira diva da cultura popular pernambucana
que, desde janeiro, vem festejando os seus 75 anos de vida, não era pequena. Os
fãs e súditos da “rainha da ciranda” não viam a hora de poder apreciar mais um
disco de Lia que vinha para pontuar este momento tão especial da carreira que
ela vem atravessando, com lançamentos de livros e inúmeras homenagens. Contudo,
para o espanto e a decepção de alguns, Ciranda
sem fim é um produto, segundo a minha avaliação, bastante aquém do esperado, tanto pela desarmonia do repertório quanto pela sonoridade em si que, para mim,
não ficou adequada ao universo musical da cantora.
Quem acompanha a carreira de
Lia de Itamaracá para além da audição de seus discos e comparece aos seus
shows, está ligado a ela fundamentalmente por gostar de ouvir e dançar ciranda.
Por outro lado, esse público sabe que em suas apresentações Lia acrescenta
cocos e maracatus e, vez por outra, e apenas esporadicamente, frevos, bregas e
boleros – geralmente estes últimos aparecem no finalzinho mesmo, para esquentar
a plateia que adora a bagaceira do tudo junto e misturado. Mas, repito: o
público que majoritariamente segue a rainha o faz para cantar e se esbaldar na
ciranda.
Saindo do forno
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Foto: Divulgação Não é propriamente um disco ruim esse Ciranda sem fim; é um disco irregular que mistura alho com bugalhos |
A capa e o projeto gráfico
de Ciranda sem fim, obras de Celso
Hartkopf feitas a partir de uma fotografia de José de Holanda, são um primor;
assim como as imagens de bastidores captadas por Ytallo Barreto, imagens essas que aparecem apenas no encarte do cd. Mas apesar do
apuro estético e visual do projeto gráfico, houve pequenos deslizes no
trabalho; a saber: a sequência das músicas que aparece no encarte e na contra capa
não é a mesma do disco; não se publicou o nome da autora da versão em português
da música “El reloj”; o título da faixa 8 não é o que foi registrado ali; e a
grafia correta designando o conjunto percussivo é Grupo Bongar e não Bongá. Já
o título do disco é, a meu ver, até certo ponto enganador, porque pode levar o incauto a
pensar que se trata de uma obra inteiramente dedicada ao ritmo que consagrou a
intérprete Lia de Itamaracá, o que não é verdade. Ah, já ia me esquecendo de
avisar aos desavisados: Maria Dulce e Biu Baracho são as mesmas Dulce Baracho e
Severina Baracho no encarte, assim como Ganga é a mesma Ganga Barreto,
entendido?! Eita, tem mais uma coisa: na "resenha" que escreveu para o encarte do lp, DJ Dolores disse que no disco há uma ciranda inédita que Lia compôs. Não é isso: na verdade, tem uma ciranda que foi composta por seu marido Toinho.
O
novo disco faixa a faixa
1-
Falta
de silêncio (Alessandra Leão). Foi uma escolha bem
acertada essa música como abertura do disco. É uma espécie de louvação à vida
praieira de Lia. Talvez a composição ficasse menor se não tivessem inserido ao
fundo o som do movimento das ondas do mar; nas apresentações ao vivo ela perde
essa singela beleza que a acompanha no álbum; e também faz falta o coro
feminino que aparece no registro feito em estúdio.
2-
Meu
São Jorge (Inserção musical de domínio público/Ganga
Barreto/Severina Baracho). Com toques que evocam pontos de macumba – a
percussão do Grupo Bongar junto com Lucas dos Prazeres é uma maravilha -, a
faixa pega um embalo gostoso; e põe Lia em ligação com o universo das religiões
de matriz africana, afinal, a rainha se apresenta como devota de dupla
pertença: é Católica Apostólica Romana e filha de Iemanjá.
3-
Desde
menina (Chico César). “Desde menina” é uma das composições mais
fracas que eu já ouvi de Chico César. O arranjo deu um bom suingue à
composição; mas “Carrego rugas, verrugas/Viva tartarugas em mim” podem, desde
já, ser inseridos entre os versos mais feios escritos pelo autor de “À primeira
vista”. Em que pese o tom laudatório de “Desde menina”, sou levado a crer que
“Dança do papangu”, uma parceria dele com Zeca Baleiro com excertos de
“Imbalança”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, que Lia e o seu conjunto vêm há pelo
menos dois anos apresentando em seus shows de modo delicioso, para dizer o
mínimo, faria muito maior figura no álbum do que ela.
4-
O
relógio (Roberto Cantoral). O encarte não informa que o título
original é “El reloj” e nem que a versão em português é de autoria de Nely B.
Pinto. Adoro essa música, que comecei a ouvir quando eu ainda era uma criança
pela voz do cantor Adilson Ramos, que a gravou, em nossa língua, na década de
1960. Não gostei do arranjo com a qual ela aparece em Ciranda sem fim; a mim
ela soa aqui num embalo inapropriado, porque retirou da música a sua
dramaticidade e o seu pungente vigor; ficou um tanto quanto caricatural a
versão que se ouve nesse disco.
5-
Quem
sabe? (Carlos Gomes/Bittencourt Sampaio). O Carlos Gomes em
questão é ninguém menos do que o famoso e reverenciado autor da ópera “O
guarani”, que, por sua vez, foi inspirada pela obra literária homônima de José
de Alencar. “Quem sabe?” foi composta em 1859; e, posteriormente, recebeu letra de Bittencourt Sampaio. No encarte do lp o sergipano Dolores - e tiveram a infeliz ideia de pôr um texto com letra prateada sobre um fundo verde, dificultando a leitura - diz que sua mãe cantava essa música para ele; já Lia confessa: "Essa eu cantava para um namorado de quem eu gostava muito. Faz tanto tempo...". A gravação de Lia, em parceria
com Luciene Loyce, me fez pensar que DJ Dolores quis e/ou pretendeu inserir
algo de requintando num repertório que, a meu ver, mistura alhos com bugalhos.
6-
Ciranda
sem fim para Lia (Lucio Sanfilippo). Quem ouvir o disco
certamente haverá de concordar comigo que essa faixa é segura e verdadeiramente
o ponto mais alto de todo o álbum; e, não por acaso, porque cantando e tocando
com Lia – a intrusa é Luciene Loyce, uma cantora de amplos recursos vocais que
teve um importante papel em alguns momentos do processo de gravação de mais de
uma faixa do álbum – nessa gostosa e bonita ciranda que Lucio Sanfilippo fez
para homenageá-la e a gravou com a participação da cirandeira em seu disco Canções de amor ao Leo, lançado em 2005,
estão todos os membros do seu conjunto – Bibiu, Toinho, Biu Negão, Ganga, Tony
Boy, Danda e as Baracho Biu e Dulce -, uma gente com quem ela anda há
tempos – Danda é o novato, que chegou após o falecimento do saudoso Tom Jaime –
e que sabe e conhece todas as nuances e traquejos da rainha. Para mim a audição
de “Ciranda sem fim para Lia” supera todo o álbum.
7-
Lua
ciranda (Juçara Marçal/Alice Coutinho). O acompanhamento
introdutório de um acordeom conferiu a esta faixa um tom solene que logo é, em
parte, quebrado pelo som percussivo do Grupo Bongar. Trata-se de outra canção
com letra fraca no disco. O encarte não informa que há um coro feminino
acompanhando Lia.
8-
Apenas
mais um trago (Bom dia meu amor) [Jairo Aguiar/José Cipriano].
O correto é “Apenas um trago (Bom dia, meu amor)”. Esse clássico do repertório
do mineiro José Ribeiro ganhou no álbum uma versão bem diferente da que Lia
costumava cantar em seus shows. O arranjo conferiu-lhe um ritmo aligeirado que
tirou a beleza, o sentimento e a suavidade da gravação original feita por aquele cantor.
9-
Companheiro
da solidão (DJ Dolores). É um tema com pegada soturna e tristonha,
digna de figurar em qualquer set list
de quem gosta de “roer” e de “ficar na fossa” como dizemos por aqui dos que
curtem uma dor de cotovelo.
10- Peixe mulher
(Iara Renó/Ava Rocha). Composição até certo ponto enfadonha e com letra arrastada
e pobrezinha falando do ambiente praieiro, digo, de uma relação pessoal com
esse ambiente.
11- Pout pourri (Vem pra cá morena [Toinho], Santa Tereza (Lia de Itamaracá], Despedida [Severino Rodrigues]. Se a
ideia era fechar o disco – desculpem o clichê – com chave de ouro reunindo
cirandas numa mesma faixa, num pot-pourri
– a grafia correta da palavra é essa -, a intenção, a meu ver, desandou. E por
quê? A instrumentalização com baixo e tuba em acréscimo à caixa, ao sax, ao
trombone e ao trompete – e vale dizer que nesse conjunto só a caixa foi tocada
por um membro da banda de Lia – deu um ar engessado, digamos assim, ao
acompanhamento. É só voltar e ouvir a faixa 6 para se sentir o embalo aliciante
da ciranda tocada por um grupo que realmente entende do riscado; ou então
comparar a gravação de “Santa Tereza” de agora com aquela do disco Ciranda de ritmos.
O novo repertório no palco
Oficialmente
o primeiro show no qual Lia apresentou o repertório de Ciranda sem fim ocorreu no festival No Ar Coquetel Molotov, havido no Caxangá Golf Club, no Recife, no
dia 16 de novembro, ao qual eu não pude comparecer por estar viajando. Contudo,
no sábado 30 de novembro, Lia de Itamaracá apresentou para o seu público mais
cativo e reverenciador, que são os moradores da Ilha de Itamaracá, o seu novo
disco, e eu fui até lá acompanhar e conferir a sua performance.
A
apresentação aconteceu no ainda inacabado Centro Cultural Estrela de Lia numa
atmosfera de muita agitação que, outra vez, contou com o Som na Rural. O show
teve início perto das 22:00 h na esteira de uma correria de sempre da produção
da cirandeira que tudo faz para as coisas darem certo; e contou com o apoio da
Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). No meio
da plateia a presença mais ilustre foi a de José Mário Austregésilo, que não
disfarçava a satisfação de estar ali prestigiando o evento.
No
palco, além dos músicos do grupo do DJ Dolores, dois integrantes do conjunto de
Lia: Toinho, seu marido, comandando a caixa; e Ganga Barreto botando para
quebrar na percussão. Logo na execução da primeira canção, “Falta de silêncio”,
ocorreu um certo embaraço de Lia com o acompanhamento, algo que a rápida
entrada em cena de Luciene Loyce conseguiu contornar. Apesar desse começo
claudicante, a sequência do set list
que, diga-se de passagem, foi bem maior do que o do número de faixas do novo
álbum, a coisa a mim me pareceu estar engatada, com Lia aparentando já estar
familiarizada com o aparato e os sons eletrônicos do DJ. Ledo engano. Ao longo
da apresentação vez e outra o negócio desandou evidenciando que os ensaios não
foram suficientes para conferir à Lia uma cumplicidade com todos aqueles músicos que
a acompanhavam. Momento houve em que certa música principiou e não foi adiante;
e, noutra ocasião, Lia, perdida, não fez cerimônia e perguntou qual era a
música que o ritmo ditava: “É ‘Santa Tereza’ é?”.
Pertinho
do palco eu acompanhei atentamente a apresentação; mesmo assim, não sendo eu um
expert no assunto, imagino que
ocorreram diversas outras falhas ali que eu não percebi por não ser do métier. Por mais que Lia sorrisse e por
vezes brincasse com o público com o seu bordão “Ai, mamãe!”, com uma graça que
lhe é muito natural, por outro lado, eu não pude deixar de notar que ainda
havia certo descompasso de sua atuação com a dos músicos que estavam ao seu
lado. Já a plateia, a bem da verdade, só se empolgou para valer quando cirandas
começaram a ser tocadas. E aconteceu um fato bastante curioso e revelador da
ligação e da identificação que o público faz de Lia com o ritmo que a consagrou:
mesmo quando no palco ainda não se tocava ciranda e sim outros tipos de
músicas, havia rodas do brinquedo em evolução. Era como se o povo que estava ali
dançasse num transe coletivo. Um espanto que só vendo para crer.
No
final da apresentação, Lia se dirigiu à plateia consciente do novo que era para
o público vê-la metida com aquele aparato eletrônico todo comandado pelo DJ
Dolores: “Eu tô vendo como encaixo minha música nesse negócio eletrônico”, ela disse.
Domingo no Bairro do Recife
Com
o fito de apurar mais a minha percepção sobre o trabalho no palco no que diz
respeito ao trato do repertório de Ciranda
sem fim e à desenvoltura de Lia para com o novo grupo que a acompanhava, no
dia seguinte à apresentação havida na Praia de Jaguaribe, eu fui acompanhar
outra, agora no palco montado no Boulevard Rio Branco, no Bairro do Recife. Ali
o show teve início às 20:00 h.
De
duração um pouco mais curta que a do dia anterior, a apresentação do domingo 1º
de dezembro, pelo menos aos meus olhos e ouvidos, transcorreu com menos falhas
e desencontros. Sou levado a crer que isso se deveu porque tanto DJ Dolores
como Luciene Loyce se valeram de um estratagema que aparentemente deu certo:
seja no microfone seja ao pé do ouvido eles davam uns toques para Lia,
anunciando qual seria a música seguinte. Mesmo assim ficou claro para mim que o
negócio ainda precisava de ajustes para ficar no ponto. Alguém da plateia pediu
a Lia que cantasse coco; e ela se saiu com esta: “Coco não pega bem com
eletrônico”.
Renovação de público?!
Uns
e outros têm dito a respeito do álbum Ciranda
sem fim que ele é uma proposta de reinvenção de Lia e uma aposta de
renovação de seu público. Penso que não é por aí. E também não acredito que ela voltará a gravar um disco como esse. Para mim e para, não duvido, a
maioria das pessoas que desde há muito a acompanham, Lia de Itamaracá é e
sempre será sinônimo de ciranda. Ela é nacional e internacionalmente conhecida
como cirandeira. E, cá para nós, imaginar que dar nova roupagem a uma carreira
longa e consagrada recorrendo, em parte, a um repertório velho e batido
acreditando que eletronices com beats,
moogs e synths sejam capazes disso, é crer que a pessoa e o talento de Lia
possam fazer bonito em toda e qualquer seara musical.
No
dia 5 de outubro, Lia fez uma pequena participação no show que DJ Dolores e o seu
grupo apresentaram na Praça Arthur Oscar, dentro da programação do evento Rec’n’Play; e mesmo pelo pouco que foi
mostrado ali por ela do repertório do disco novo, ficara evidente para mim que
a cirandeira iria penar bastante para tentar se ajustar ao acompanhamento eletrônico
do DJ e sua trupe, algo que, eu pensei na ocasião, poderia ser sanado com mais
alguns ensaios. Semanas depois – e depois de eu ter assistido às apresentações
já narradas aqui – aquele momento de desarranjo, de descompasso, digamos assim,
me fez refletir sobre o depoimento do DJ Dolores, concedido à repórter Nathália Pereira, a respeito da elaboração
do repertório de Ciranda sem fim:
“Discutimos, argumentamos. Algumas sugestões minhas não foram acatadas. Eu
sugeria algo porque achava que fosse ficar ótimo e ela dizia um ‘não quero
cantar isso, por tais e tais motivos’” (Nathália Pereira. “As canções dadas por
Lia”. Jornal do Commercio, Recife, 8
de novembro de 2019, JC+, p. 1). Não creio que o processo de feitura de Ciranda sem fim tenha sido de todo
confortável para Lia de Itamaracá, a rainha da ciranda, que, pisando em chão em parte desconhecido, não absorveu por inteiro as aspirações almejadas pela produção do
disco. Pelo pouco que eu conheço de Lia, eu sei que ela é uma pessoa simples
mas não ingênua; por vezes ela capta muito rapidamente certas coisas; daí por
que ainda naquela apresentação no Rec’n’Play,
ela em dois momentos se dirigiu ao público dizendo “Esse é o outro lado de
Lia”, porque, acredito, ela intuiu e/ou teve completa certeza que aquelas
pessoas que foram até ali para prestigiá-la deveriam estar, no mínimo,
desapontadas e/ou espantadas, porque elas seguiram para lá, não duvido, para
ouvir e dançar ciranda e não o que Lia estava cantando. A fala de Lia naquela noite me soou
como um mea culpa.
Ai, mamãe!!
O
álbum Ciranda sem fim é, em grande
medida, uma obra irregular que, a despeito de pretender dar uma chacoalhada na
memória fonográfica de Lia – e, por tabela, quem sabe, angariar um novo público
para ela -, de alguma forma a desvirtuou. O que para mim fica é uma enorme
decepção por ter se perdido a oportunidade de se fazer um estrondoso disco de
ciranda para celebrar os 75 anos de vida da cirandeira.
Ninguém
fica durante mais de cinquenta anos sob os holofotes à toa. Lia é uma estrela
que não tem rival em seu gênero; e a sua ciranda é um desses encantamentos que
fazem com que suportemos com passos firmes e muita alegria no rosto, os
dissabores da vida. A ideia de mostrar Lia como uma crooner para mim não deu certo. Ainda bem que esse novo álbum é
breve e logo termina; e que a ciranda – a ciranda – de Lia de Itamaracá é que
realmente não tem fim.
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