1 de maio de 2021

O universo paralelo de Jair Bolsonaro, o presidente-bolha de espírito bélico-esquizofrênico, e dos seus bondosos apoiadores

 Por Sierra

Foto: Leonardo Martins
É muita loucura. É muita crueldade. É muita inaptidão. É muita irresponsabilidade para um presidente só. Seu Jair, uma hora a sua bolha vai estourar


 

O que já era ruim ficou pior desde que um microscópico bichinho chamado coronavírus aterrissou na Terra Brasilis e pôs-se a ceifar vidas aos magotes, o que fez com que parte dos governantes promovessem e/ou sugerissem que se promovesse mudanças comportamentais para que a mortandade não se agravasse ainda mais. Como eu ia dizendo, o que era ruim ficou pior com o advento da pandemia; a pandemia exacerbou o espírito bélico-esquizofrênico do senhor Jair Bolsonaro, o presidente da amaldiçoada República brasileira que, desde que resolveu ingressar na vida pública, meteu-se numa bolha e dela nunca saiu e nem há de sair enquanto vida tiver.

Uma mistura bem azeitada de beligerância, parvoíces, esquizofrenia e perversidade, muitos dos discursos e dos comportamentos do senhor Jair Bolsonaro denotam não apenas o grau de malignidade de sua natureza, bem como revelam o nível de estupidez e de falta de censo, ops, senso de sua pessoa. Quase toda vez que o senhor Jair Bolsonaro se pronuncia a República brasileira afunda um pouco mais. Inapto, completamente inapto para o cargo que ocupa, Seu Jair é estúpido, cruel e refém de um autoengano incomensurável que o faz pensar que, falando para as bolhas da sociedade que o apoiam, ele esteja se dirigindo para toda a população do país.

Cruel e refém do autoengano, como eu disse, Seu Jair cisma em querer viver num universo paralelo que, certamente, não é o mesmo no qual a maioria do povo brasileiro vive. É a sua vivência em um universo paralelo que explica, por exemplo, por que, em que pese o número gigantesco de mortes provocadas pela pandemia – nesta semana o Brasil ultrapassou a barreira dos 400.000 mortos -, ele continua irredutível como um asno que empaca na subida de uma ladeira, defendendo o fim das medidas restritivas necessárias para coibir o contágio pelo coronavírus, desmerecendo e fazendo pouco de quem as segue e exaltando um tratamento precoce que só funciona, eu imagino, no universo paralelo em que ele habita. Já no campo bélico propriamente dito, sua mentalidade genocida embasa o discurso direcionado para as bolhas de ensandecidos que o apoiam e explica a sua tenaz política de sepultamento da chamada “cultura de paz” e a exaltação belicista que diz que todo e qualquer cidadão deve sim portar uma arma de fogo para, assim, se proteger dos criminosos. Ai, ai. É muita loucura. É muita crueldade. É muita inaptidão. É muita irresponsabilidade para uma pessoa só.

Na mente doentia de Seu Jair, que fala, como eu afirmei, para as bolhas de ensandecidos que o apoiam, a recém-instalada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado, para apurar as ações e/ou falta delas no tocante à pandemia no seu desgoverno, não irá atingi-lo, porque ele acredita que não fez nada de errado. Como assim, Seu Jair? Promover aglomerações, incentivar invasão de hospitais, desacreditar a eficácia das vacinas e o uso de máscaras, atacar constantemente governadores e prefeitos que coerentemente seguindo as recomendações da comunidade científica trataram de implantar medidas visando proteger a população contra o avanço da pandemia, disseminar notícias falsas, transformar o Ministério da Saúde em uma espécie de Ministério da Morte e recomendar o uso de medicamentos pretensamente preventivos contra a covid-19 foram acertos? O senhor por acaso pensa que só errou e/ou cometeu crime no transcurso da pandemia quem desviou recursos da área da Saúde e/ou superfaturou preços nas compras de equipamentos e insumos hospitalares?

Hoje, Dia do Trabalho, os desocupados das bolhas do Seu Jair saíram às ruas, em diversas cidades, em apoio ao bélico e esquizofrênico presidente da República. Lamento e choro pela assombrosa marca de 400.000 mortes atingida anteontem? Esqueçam, porque os cruéis e os perversos não sabem o quem é e nem sentem empatia. Hoje, Dia do Trabalho, essa “gente do bem” – uma das faixas exibidas por eles, em São Paulo, aliás, era uma piada pronta; era ótima pelo tanto que tinha de escárnio e de insensibilidade para com o “povo do mal” que é, claro, o resto da sociedade, também conhecido pelo nome de oposição. Ela dizia em letras garrafais: “O povo do bem está com você presidente” – saiu às ruas com a pauta de sempre: pedindo intervenção militar já, fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, fim das medidas contra o avanço da pandemia e outras coisas do gênero. Essa gente dizia nos protestos que estava “autorizando” o presidente. Autorizando para que, hein? Imagino que deveria ser para que ele seja pior do que é. Ai, ai. Esse pessoal, além de perigoso, é tragicômico. Já pensaram se esse pessoal fosse do mal?

Sugiro a essas pessoas apoiadoras do presidente que adoram um tratamento precoce, que comecem, desde já, a tomar calmantes, porque, no ano que vem, elas, desesperadas com a possível queda de Seu Jair, vão desejar até que um asteroide gigantesco atinja o Brasil para que não sobre nada: nem a bondade infinita delas, nem a maldade daqueles que as derrotarão. Nesse dia apocalíptico, Seu Jair será visto correndo como uma besta-fera sanguinolenta pela Esplanada dos Ministérios, rangendo os dentes, furioso, e clamando aos céus pelo decreto de um novo Ato Institucional Nº 5. O armagedon de Seu Jair está cada vez mais próximo. Sebo nas canelas, Seu Jair, que o seu fracasso nas eleições de 2022 será o seu único triunfo.

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